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CORINTIANS DE CAICÓ

Atlético Clube Corintians

O Atlético Clube Corintians foi fundado no dia 25 de janeiro de 1968, na cidade de Caicó-RN, através de uma fusão entre dois clubes da cidade. O Corintians (sem o "h"), fundado em 1963 pelos desportistas Waldemir de Souza, Dedé de Garibaldi, Nego Antônio e Novinho, e o Atlético Clube de Caicó. 

Com mais de 1.400 sócios, teve sua sede adquirida em 1977 pelo então presidente João Bosco de Medeiros, considerado o maior dirigente da história do clube, ao lado de José Alves Filho e Clóvis Medeiros. Os primeiros anos de existência foram de extrema dificuldade, permanecendo em atividade graças à persistência de um grupo de amigos de Waldemir, realizando amistosos sem maior expressão. O grande passo aconteceu com a fusão com o Atlético Clube de Caicó, ganhando de bandeja um terreno medindo 40 x 80m, além de um telefone. No dia 25 de janeiro de 1968, consolidou-se a fusão, formando-se a primeira diretoria com José Alves Filho como presidente.

Um dos méritos do "Galo" é o de ser o único clube caicoense que jamais teve processo de extinção, mantendo-se em atividade permanente desde 1968. Em 1993, quando retornou às disputas profissionais, o alvinegro seridoense permaneceu até 1996. O primeiro jogo de 1993 teve um resultado amargo: perdeu para a Desportiva de Ipanguaçu por 1 x 0, mas proporcionou uma tremenda zebra logo no segundo jogo ao derrotar o América em pleno Machadão por 1 x 0, gol de Neira. Em 1996, ao deixar novamente a FNF, perdeu sua última partida contra a Pauferrense por 3 x 0. Finalmente, o retorno com nova filosofia aconteceu em 2000, quando, na estreia, derrotou o Potiguar de Mossoró por 3 x 1, gols de Maurício, Bebeto e Souza. Em 2001, com uma campanha brilhante, o clube chegou à decisão com ampla margem de pontos sobre os adversários mais próximos, como ABC, América, São Gonçalo e CAP. Desta vez, o Corintians resolveu armar-se com uma equipe forte, uma comissão técnica coesa e competente e uma retaguarda liderada pelo deputado Álvaro Dias. Como patrocinador, teve uma empresa economicamente forte, o grupo Postos Satélite, com filiais em várias capitais. Além das conquistas em campo, dirigentes e torcedores estão unindo forças para construir o Centro de Treinamento do clube e uma casa para shows e espetáculos. O Corintians realiza seus jogos no estádio Dinarte Mariz, mais conhecido como Marizão.

Nas conquistas locais, o clube mantém até hoje a supremacia sobre o rival Caicó, tendo conquistado ainda a I Copa Centenário da Cidade em 1968 e a Copa do Interior do Estado em 1978. Na galeria dos atletas mais ilustres figuram os saudosos: Playsant, Renan, Zeca, Nego Antônio, Bel e Badé. Também está na lista o primeiro técnico do clube, Almir Oliveira.

A primeira vez que disputou o estadual foi em 1977, depois em 1978, 1993, 1994, 1995, 1996, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015. Antes do título inédito, a melhor campanha aconteceu em 1993, quando terminou o campeonato em terceiro lugar na classificação geral. O Corintians também já disputou um seletivo para a segunda divisão no ano de 1994, ficando em primeiro ao lado do América de Natal, só perdendo a vaga no saldo de gols.

Tudo começou com peladas às margens do rio Seridó, por aqueles que eram preteridos pelo Caicó, até então apontado como o melhor time da região do Seridó. A partida que marcou a estreia oficial da equipe foi contra seu homônimo da Paraíba, o Corinthians de Campina Grande, e realizou-se no antigo estádio Walfredo Gurgel - que já não existe mais. Com uma vitória, foi selado o nascimento oficial do Galo do Seridó. O segundo jogo foi contra o América, também da Paraíba, com nova vitória da equipe potiguar. Para este confronto foram cobrados ingressos pela primeira vez, o que rendeu 27 mil cruzeiros, mais que suficientes para cobrir os 22 mil investidos na organização do clube por Waldemir e ainda quitar todas as dívidas remanescentes e abrir a primeira conta do Corintians no banco da cidade.

Em 1977, o Corintians ingressou pela primeira vez na elite do futebol potiguar, direito adquirido por vencer de forma invicta o campeonato citadino no ano anterior, organizado pela Liga. A equipe caicoense terminou na sexta colocação, mas vergou em seus domínios o ABC, quebrando uma invencibilidade de 26 jogos do adversário. No ano seguinte, o clube novamente esteve na primeira divisão, mas, sem condições financeiras de arcar com as despesas de viagem, saiu da disputa em 1979, só retornando 15 anos depois, em 1993, quando terminou o campeonato na terceira colocação e invicto no Marizão. Em 1997, nova parada, novamente por questões financeiras, obrigando o clube a manter-se licenciado até 2000, quando retornou para ser quarto lugar.

A maior glória estava reservada para a entrada do novo século. Em 2001, sob a presidência de Álvaro Dias, o Corintians ergueu a taça do Campeonato Potiguar, tornando-se o primeiro clube do interior a conseguir este feito.

Campeonato Estadual de 2001:

Tudo começou com a eleição de Álvaro Dias para a presidência do clube em 2000. Obstinado com a conquista do título estadual, saiu em busca de parceiros capazes de viabilizar o sonho. A SAT - Satélite Distribuidora de Combustíveis, empresa norte-rio-grandense, na figura de seu presidente Marcelo Alecrim, acreditou na ideia de quebrar a hegemonia dos dois grandes clubes da capital - ABC e América, que se revezavam na conquista do título estadual. Com um investimento na ordem de R$ 160 mil (uma média de R$ 35 mil mensais), a SAT tornou possível o objetivo do Corintians. Foi através dessa parceria que chegaram jogadores do gabarito de Pedro Costa, considerado um dos melhores centroavantes do Nordeste na época.

Acertado o patrocínio, era hora de montar um elenco capaz de ser campeão. O primeiro passo foi a escolha de Raimundo Inácio Filho, o Lobão, ex-jogador e torcedor fanático do Galo, como diretor de futebol. Juntamente com o presidente Álvaro Dias, foram buscar no Treze da Paraíba o treinador Pedrinho Albuquerque para comandar a equipe.

Pedrinho Albuquerque tinha a receita para conquistar o título inédito: trazer jogadores consagrados e experientes, que formassem uma espinha-dorsal, aliados a muito trabalho e união do grupo. Assim, desembarcaram craques como Betinho e Raminho, doutores em conquistar títulos estaduais na Paraíba, além de Márcio Silva, Júnior Bahia, Doriva, dentre outros.

Com uma campanha arrasadora, o clube sagrou-se campeão invicto do primeiro turno. A estreia no campeonato já deu mostras do que viria pela frente: 5 x 0 no Baraúnas, diante da torcida seridoense. Na sequência, nova vitória, desta vez fora de casa, contra o São Gonçalo, por 1 x 0. E assim foi vergando um a um seus adversários. Mas a maior façanha nesta primeira fase foram as vitórias contra o ABC, apontado como favorito ao título; um surpreendente 3 x 0 e duas vitórias por 2 x 1, ambas na decisão do primeiro turno - tendo uma delas sido em Natal.

No segundo turno, a equipe perdeu sua invencibilidade na competição - porém, a manteve jogando no estádio Marizão. O título estava fadado a ir para Caicó. A equipe se classificou para a final contra o América, com a vantagem de jogar por até três resultados iguais. Mas não foi preciso. No dia 24 de junho, o Galo do Seridó foi a Natal e, com um gol de Ronaldo Falcão aos 32 minutos da segunda etapa, venceu o Mecão.

O jogo da volta, realizado no Marizão numa quarta-feira, dia 27 de junho, foi carregado de expectativa. Pacato, Jorge Alagoano, Amaral, Vladimir e Rogério; Raminho, Márcio Silva, Duda e Betinho; Júnior Bahia e Pedro Costa; além de Jefferson, Zé Roberto e Airton, entraram em campo no estádio completamente tomado por 5.909 torcedores para vencer novamente pelo placar de 1 x 0, com gol de Pedro Costa aos 41 minutos do primeiro tempo, e levantar o caneco pela primeira vez.

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