Grêmio Presidente Kennedy
Cinco anos após o assassinato do presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy, em Dallas, no estado do Texas, um grupo de jovens de Cerro Corá decidiu fundar uma nova agremiação esportiva em 11 de agosto de 1967, na cidade de Cerro Corá, na região do Seridó e a 190 quilômetros de Natal, a capital do Rio Grande do Norte. Não havia um nome pré-escolhido, mas alguém sugeriu Grêmio Presidente Kennedy e assim ficou como sucedâneo de times que tiveram vida curta: Cerro Corá Clube, Campo Grande e Juventus.
O clube social e de futebol, do famoso acrônimo GPK, alvinegro, logo teve o total apoio de um dos incentivadores, o comerciante e vereador José Julião Neto, natural de Santana dos Matos, mas radicado na cidade logo após a emancipação política do então distrito do município de Currais Novos em 1953.
Diretoria formada, logo foram enfrentar equipes amadoras dos municípios vizinhos, como o Potengi de São Tomé, o Fluminense de Bodó, à época distrito de Santana dos Matos, o Palmeiras de Lagoa Nova e Vasco de Acari.
Porém, ficou na história, no primeiro ano de fundação do Grêmio, em 1967, o primeiro título, um torneio triangular no povoado Cruz, contra o representante local, o temido Benfica de Currais Novos, a quem o GPK derrotou na final pelo elástico placar de 3 a 1.
No retorno para Cerro Corá, os jogadores, a maioria prata da casa, como o zagueiro Melo, o atacante Joãozinho de Lourival e o goleiro Dedé. O time, como não poderia ser diferente, teve como transporte a camioneta GMC - General Motors Company - de José Julião, com desembarque no principal bar da cidade para comemoração.
A segunda passagem memorável do Grêmio aconteceu em 1972, quando chegou à semifinal do campeonato interiorano promovido pelo jornal "Diário de Natal", órgão Associado na capital potiguar, e hoje extinto. Naquele ano, o GPK contou com as participações de jogadores de renome no Rio Grande do Norte, como Véscio e Assis, meio-campistas e atacantes que atuavam no profissionalismo pelo hoje centenário América Futebol Clube de Natal.
A competição teve seu primeiro ano de revitalização em 1971, sendo vencida pelo Clube Centenário Pauferrense de Pau dos Ferros, numa decisão contra o Cruzeiro de Macaíba, e logo apelidada de "Matutão". Na segunda edição, o Grêmio contou com o apoio do então prefeito José Julião, que, eleito vice, assumiria o Poder Executivo com a destituição do titular Manoel Antunes de Melo pela Câmara de Vereadores. Com a nomeação posterior do interventor, capitão Virgílio Tavares, o apoio logístico ao elenco sofreu interrupção e o GPK terminou não participando da segunda fase eliminatória.
E de bom alvitre lembrar que o GPK, nesta competição, além da "prata da casa", contou com reforços de peso, atletas que eram craques do Benfica ou do Potyguar de Currais Novos. Casos de Corá, Alemão - primo do goleiro Dedé - Ivo, Imagem, Fernando, Ivanildo, Serafim, Dota, Nem, Othon, Francisquinho e Donato, um ex-juvenil do América de Natal. Inclusive no alvirrubro era conhecido como Gomes, haja vista que o nome completo era José Donato Gomes, atualmente nome de praça na cidade de Goianinha.
No decorrer da década de 70 e nos anos 80, o GPK resistiu ao tempo, participou de outros campeonatos interioranos de amadores, foi extinto, mas virou uma legenda na memória dos cerro-coraenses.
(Texto – Vanilson Julião)
Viva o extinto GPK. Parabéns pela matéria, Vanilson.
ResponderExcluirOs parabéns são extensivos ao controlador do blog.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGPK, nome altamente criativo e singular!
ResponderExcluirGPK, nome altamente criativo e singular!
ResponderExcluirGPK, nome altamente criativo e singular!
ResponderExcluir